domingo, 31 de outubro de 2010

Villains Archive 01 - The Joker

Nome Completo - ???
Data de Nascimento - ???
Pele -
Caucasiano
Altura - Aprox. 1,85
Olhos - Castanhos
Cabelos - Verdes (tingidos)
Local de Nascimento - ???
Paradeiro - Confinado no asilo Elizabeth Arkham,Gotam City
Estado Civil - ???
Filiação - ???

Informações Genéricas -

O que falar do Coringa?
Nessa série de posts que inicio aqui no blog,pretendo pegar um vilão,famoso ou desconhecido,e fazer uma ficha de seus atributos ,contendo informações diversas.Nesse primeiro post,tratarei,como você puderam ver,do personagem adaptado por Christopher Nolan para as telas de cinema.Vivido pelo ator Heath Ledger,no filme de 2008 ''O Cavaleiro das Trevas'',o Coringa nos apresentou uma visão aterradora,representando uma sentelha de destruição que não pode ser controlada,destruida ou sequer amenizada.E pior,o personagem parece crer que ele não deve ser detido,como se ele não achasse que está sendo vilanesco,e sim como se ele fosse parte essêncial da natureza,como se o Caos que o personagem todo prega e representa fosse a unica realidade no mundo,e,portanto,a unica coisa que nos impulsiona a fazer o que quer que fazemos.

A atuação de ledger é uma atuação bruta,chocante.Na época de lançamento do filme,rolavam noticias de que alguns atores que contracenaram com Ledger,ficaram tão chocados com a atuação que chegaram a esquecer suas próprias falas.O mais assuntador foi receber a noticia da morte de Ledger,enquanto o filme ainda estava no seu estado de pós-produção.

Para compor o personagem,Heath Ledger se trancou em um quarto de hotel por um mês,e chegou a escrever um diário com pensamentos alucinados.Isso levanta uma polêmica,será que ledger só pôde atuar como o Coringa,porque já estava desequilibrado antes,ou será que a mente insana que seu personagem possui que o deixou mal?.Essa é uma discução antiga,e não vale apena reaviva-la agora,basta dizer só que Ledger atuou de maneira brilhante.E isso deveria acabar com a discução.


O Coringa é,originalmente,um personagem inspirado em outro filme: o Clássico do cinema mudo,conhecido como ''O homem que ri''.No entanto a psicopatia do personagem foi sendo criada
duranto os muitos anos de quadrinhos.Conforme cada escritor ia surgindo,cada vez mais o Coringa ia saindo daquele clichê das histórias em quadrinhos tradicionais,para ir se tornando um psicopata completo,com nenhuma outra motivação a não ser criar caos e destruição por onde passa.Dentre essas histórias,uma delas é,talvez,a mais notável.''A Piada Mortal'',escrita por ninguem mais,ninguem menos que Allan Moore (sobre o qual ainda pretendo falar),contava como o Coringa via a próprial oucura.Para ele o mundo todo era insano,e unica resposta aceitavel era se tornar igualmente insano.Coisa que casou bem com o mundo perturbador e supreendentemente realista que nolan tentou passar para as telas do cinema,com seus dois longas sobre o Homem-Morcego e seu universo.

Acho que tudo que eu falei até agora sobre o personagem passou meio batido,já que se trata de um filme que muita gente viu e gostou,e sobre um personagem que fica marcado nas mentes das pessoas durante muito tempo após a término do filme,pelo que ele te desperta e te instiga.O vilão provavelmente te choca e perturba,por sua agressividade e loucura,algo que afronta e desafia nossa noções de ordem e moral.

Diagnóstico Final -

Trata-se de um personagem que não se apega a praticamente nada,não demonstra emoção e pouco diz de suas verdadeiras intenções.Não possui convicçôes ou morais,sendo extremamente niilista em todos os aspectos.Possui um estado mental extremamente,digamos,danificado,não para para pensar antes de agir,não encontra barreiras que criminosos ''normais'' encontram,não pode ser comprado,não se pode negociar,não se submete a nenhum tipo de conduta social e tenta subverter toda a natureza humana.

Por isso,leva cinco asteriscos na nossa lista de vilões
*****

(sou vagal e não tenho tempo para pensar em um post melhor,então não me culpem)


Até a próxima!

sábado, 16 de outubro de 2010

Papo Fightclubístico 01 – Escravos do consumismo instintivo caseiro

''Things you own,end up owning you''


Clube da Luta foi um filme de 1999,dirigido por David Fincher e baseado no livro de Chuck Palahniuk,distrubuido pela Fox.O filme foi tão ontroverso na época de seu lançamento,que até hoje os motivos de sua distrubuição pelo grande estudio(no caso,a Fox) são debatidos.É contraditório que a Fox,um dos maiores conglomerados do cinema,produzissem um filme com a carga de ''Clube da Luta''

Enfim,meu objetivo nessa ''série'' de posts é debater alguns temas do filme,uma vez que a obra é extremamente densa e rica em detalhes,e é realmente profunda em seus personagens e questões.

A história toda é narrada por um personagem ''sem nome'',convencionalmente chamado de ''Narrador''.O nosso narrador é um homem que trabalha para uma multinacional como uma especie de ''vendedor de seguros''.Nem ele sabe pra que serve seu emprego,e está entrando em crise.Não consegue dormir,e passa as noites assistindo televisão e vendo todo tipo de propaganda inutil,de coisas que ele sente vontade de comprar.Como ele mesmo diz,ele tinha de tudo.


Esse nosso carismático herói é vivido pelo ator Edward Norton ( que aparece nos dando um adoravel sorriso na foto ao lado).Ele está literalmente perdido,não aguenta mais a rotina,o consumo nem seu trabalho.O narrador faz parte daquilo que o filme chamará de ''geração sem peso na história''.Um geração que não possui um grande significado existêncial,cujo unico propósito no mundo material é o de...bem,não possuir propósito algum.

Mas o personagem de Norton acaba encontrando uma outra figura:''Tyler Durden''.Um personagem que acaba se revelando o extremo oposto dele.E sobre a história do filme,pararei de falar agora.

O personagem de Norton é um arquétipo do homem da década de noventa,em especial do fim dela.A década de 90 foi um periodo no qual todas as posições ideológicas foram entrando em decadência.O Muro de Berlim caíra e URSS tinha sido extinta,enterrando a grande potência socialista.Ninguem se importava com o meio ambiente e o terrorismo ainda não era preocupação global.A maioria das pessoas não havia uma grande bandeira para levantar,não sabia como mudar o mundo,tinha um grande sentimento de que algumas coisas eram sem causa.O retrato do consumista crescia com o advento dos meios de comunicação globalizados,e é claro que me refiro a Internet...

Com o declínio das ditaduras na Ámerica Latina,a midia sentiu que estava na hora de continuar a expor cada vez mais seus valores,que seriam comprados pelo público facilmente.A população adotava os valores da publicidade,passou valorizar a beleza,o ''estilo'' e as propriedades.O ''ter'' ganhava valor único,e o ''ser'' se perdeu.

O filme lida com as frustraçôes de um homem nesse cenário.Ele tinha de tudo,na esperança de preencher o vazio em sua alma.O homem se tornou um mero escravo do consumismo caseiro e isntintinvo,sendo que o real instinto era aprisionado para servir a outros.O filme,no entanto apresenta um ponto interessante.Quanto mais você possui,seus bens é que te dominam.Se você é o seus bens,se você é o que você tem,então o material dominou sua mente por completo.O filme diz que ''você não é o que você possui'',o que você só se encontrará totalmente liberto desse ciclo vicioso,quando não tiver mais nada o que perder.

Sinto que isso aqui está ficando ''cabeça demais'' pro meu gosto...

Enfim,era isso o que eu tinha apra dizer por agora,continuo em outro post.obrigado por lerem e até a proxima...



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Policia nas telas - Os dois polêmicos longas de José Padilha






''Ou se corrompe,ou se omite...ou vai pra guerra''





  1. Com a frase acima,o personagem icônico vivido por Vagner Moura,abre o filme ''Tropa de Elite'' de 2007.Todas as ações realizadas pelo Capitão do Batalhão de Operações Especiais (BOPE),no longa,são justificadas com essa frase.Para combater a corrupção e o crime organizado Roberto Nascimento,utiliza de todo tipo de metódo brutal.Seus homens são treinados em um curso cruel e desumano,aprendendo a mentalidade policial desde cedo.

No entanto,Nascimento entende algo que falta á maioria dos policiais.Ele sabe como funciona o corrompido e pérfido sistema que sustenta toda a corporação policial.Ele percebe que a ''paz'' no Rio de janeiro depende do delicado acordo entre policiais corruptos e criminosos,e tenta bater de frente com esse problema.Seus homens são treinados pra guerra,pro combate direto no front das guerrilhas urbanas do Rio.

O filme,baseado em um livro do ex-caveira Rodrigo Pimentel,tenta retratar o cotidiano da corporação policial,com toda a brutalidade,crueza e veracidade.Não temos espaços para julgamentos morais em ''Tropa de Elite'',o diretor nos mostra os fatos,e deixa o espectador decidir por si próprio se concorda ou não com as questões levantadas pelo filme.


O filme causou polêmica,e foi acusado de todo tipo de denominação.Chamaram-no de ''mentiroso'' e até mesmo de ''fascista''.Isso nos obriga a retomar as bases da veiculação de idéias e de imagens.Provavelmente,Danny Boyle não tinha a vontade de fazer apologia as drogas quando dirigiu ''Trainspotting'',e nem Francis Ford Copolla tinha o desejo de fazer apologia ao crime organizado ao dirigir ''O Poderoso Chefão''.O que essas pessoas não entendem é que,julgamentos morais com conceitos absolutos de ''preto e branco'' não são positivos na hora de se contar uma história com a complexidade humana,como em ''Tropa de Elite''.O julgamento deve caber á quem assiste.

O problema é que esse julgamento foi feito de imediato pela população.As pessoas aplaudiam as cenas de tortura e assassinatos de criminosos,isso literalmente falando,nas salas de cinema.Isso com certeza não era o intenção inicial de Pedilha,que queria mostrar como a violência faz parte da vida e das interações sociais entre determinados grupos.As instituições do Estado estão cobertas pela corrupção e os ''bons'' homens são sufocados pelo sistema.

Idéia que foi reforçada no segundo longa de Padilha...


''Tropa de Elite 2'',que estreiou na ultima sexta-feira,dia 08/10,mostrou o porquê do filme ter sido tão adiado.A idéia original era lançar o filme no dia 3 de Outubro,antes das eleições.O filme veio mais polêmico ainda,trazendo o debate sobre as milicias,formadas por policiais que dominam as favelas e comunidades pobres em geral.Mas não só isso.Ele mostra como alguns candidatos se aproveitam da população,promovendo festas e eventos,para se eleger,e como esses candidatos e sses sistema alimenta a rede de violência nas grandes cidades.Na fita,Nascimento vai para a Secretaria de Segurança Pública,e,de terno e gravata,tenta combater os criminosos de colarinho branco,sendo que muitos deles,ele serviu enquanto capitão no Bope.

Os dois filmes,são uma grande reflexão sobre o ser humano em sociedade,e seria impossivel retratar todos os debates que os longas levantam em um texto num blog.A minha idéia de escrever esse texto,é de ajudar a levar pessoas á refletirem sobre o filme,deixando de lado o fato de ser uma ''história de ação'',mas que comecem a vê-lo como parte de uma análise social,dos instrumentos de segurança pública e de retratos de brutalidade humana e dos conflitos que,talvez,a ordem vigente nos obriga a comenter.como diz Nascimento ao final de ''Tropa de Elite 2'', ''o sistema é foda''.E cabe a nós muda-lo


;)